A floresta é fonte de diversas atividades, matérias-primas e serviços. Como resultado, o seu contributo para a economia portuguesa é indiscutível. Embora não existam estatísticas oficiais que tracem o retrato completo da economia da floresta em todas as suas componentes, sabemos que as indústrias de base florestal – madeira, cortiça, mobiliário, e pasta, cartão e papel – geraram, em 2023, um volume de negócios de quase 12,3 mil milhões de euros. No mesmo ano, o volume de negócios das empresas dedicadas à silvicultura e exploração florestal ultrapassou 1,2 mil milhões de euros.
Estes números indicam que juntas, as indústrias de base florestal e as empresas da silvicultura geraram um volume de negócios de cerca de 13,59 mil milhões de euros, contribuindo, respetivamente, para 4,6% e 0,47% do Produto Interno Bruto nacional (PIB), em 2023, ou seja, do valor de todos os bens e serviços finais produzidos em Portugal nesse ano.
De notar que, nos últimos anos e apesar de uma quebra em 2020, o volume de negócios das empresas do sector florestal tem contribuído com cerca de 10 mil milhões de euros (tendo chegado quase aos 15 mil milhões de euros em 2022) para a economia nacional, o que representa cerca de 5% PIB do país.
Juntas, as empresas que atuam nestas áreas foram responsáveis, em 2023, por quase 3,6 mil milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB), ou seja, do valor da atividade produtiva nacional menos os custos de produção. Mesmo com algumas variações desde 2015, ano em que o sector foi responsável por cerca de 2,2 mil milhões de euros de VAB, a atividade industrial tem sido responsável por cerca de 90% deste total (e a silvicultura pelos restantes 10%).
Isto significa também que o VAB do sector florestal foi responsável por 1,53% do VAB nacional total, um contributo que desceu dos 1,73% que representou em 2022, mas que volta ao intervalo mantido entre 2015 e 2021, entre os 1,4% e os 1,6%.