Incêndios Rurais
De maneira a reduzir o número e severidade dos incêndios rurais, as recomendações dos especialistas sobre aspetos de prevenção, gestão e combate que podem ser melhorados em Portugal são as seguintes:
– A redução do número elevado de ignições com origem humana, em particular as negligentes e acidentais, com especial atenção nos dias em que se preveem condições meteorológicas propícias ao desenvolvimento de grandes incêndios;
– A criação de condições que viabilizem o aumento da área florestal sob gestão responsável, para reduzir a vulnerabilidade da floresta;
– O desenvolvimento de um sistema estrutural de defesa contra incêndios rurais, composto por faixas e mosaicos de gestão de combustível em áreas críticas, assim como uma rede viária florestal eficaz e uma rede de pontos de água distribuídos estrategicamente;
– A melhoria da capacidade estratégica de combate, através da implementação de sistemas de informação que permitam definir as melhores técnicas a implementar em cada situação e aproveitar o esforço aplicado na prevenção, reduzindo a severidade dos incêndios rurais;
– A disponibilização de recursos humanos e materiais capacitados para o espaço florestal: técnicas de combate indireto (por exemplo, criar aceiros com equipamento pesado e usar um contrafogo para limpar a vegetação) e a redução dos reacendimentos através do aumento da eficácia do rescaldo e vigilância.
Caso de Estudo
Em 45 anos registaram-se 42 incêndios rurais na freguesia de Alvares. A maior parte da área ardida resultou de grandes incêndios. O passado recente veio reforçar que o risco de grandes incêndios é elevado, mas não inevitável. Entre 2017 e 2018, um projeto-piloto demonstrou que há várias estratégias possíveis para que o território de Alvares aumente a resiliência ao fogo ao longo das próximas décadas. Conheça este caso de estudo.