Recursos Naturais
O restauro de rios – e de massas fluviais superficiais, em geral – contempla três componentes nas suas intervenções: hidráulica, ecológica e social. As três devem interrelacionar-se, tanto nos projetos que atuam ao nível da rede hidrográfica, como nas respetivas zonas ribeirinhas:
– Componente Hidráulica: Operações hidráulicas e estruturais de correção fluvial, muitas vezes com recurso a obras de engenharia e também a soluções baseadas na natureza. Entre as ações de restauro de rios e massas de água nesta vertente hidráulica estão incluídas, por exemplo:
– Componente Ecológica: Operações de restauro, reabilitação e requalificação dos ecossistemas ribeirinhos. Diferentes intervenções podem ser consideradas na componente ecológica do restauro de rios e outros cursos fluviais, sendo a maioria dirigida à melhoria das condições dos ecossistemas que os integram e envolvem:
– Componente Social: Ações de capacitação e participação pública ativa, na qual podem incluir-se, entre outras:
Em todas as ações de restauro de rios, ribeiras, lagoas ou outros cursos de água, o envolvimento e a participação ativa dos diferentes intervenientes que beneficiam destes ecossistemas são considerados essenciais. Deste modo, este envolvimento deve ser feito ao longo das diferentes fases do processo, desde o planeamento até à implementação das ações, por forma a garantir que, tanto os ecossistemas como as populações que deles dependem, são efetivamente beneficiados.

Exemplos de ações de restauro de rios e estruturas fluviais: restauro da morfologia de uma ribeira (à esquerda) e ação de formação de restauro fluvial realizada pelo projeto AQUADAPT (à direita). © João Oliveira, Mushmore Coop
As componentes Hidráulica, Ecológica e Social devem contribuir para a melhoria contínua da qualidade geral das massas de água e respeitar os Princípios de Reabilitação constantes da “Estratégia nacional de reabilitação de rios e ribeiros”:
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