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Mais de 115 mil pessoas tiveram emprego no sector florestal em Portugal, em 2023. A maioria destes postos de trabalho são criados pelas fileiras industriais da floresta e pela silvicultura. No total, cerca de 20 mil empresas contribuíram para este dinamismo, que é particularmente relevante para revitalizar as áreas rurais.
Com um volume de negócios de cerca de 12,3 mil milhões de euros na indústria de base florestal e de mais de 1,2 mil milhões de euros nas empresas silvícolas em 2023, a economia da floresta tem um impacte muito significativo nas contas nacionais. De fora ficam valores não contabilizados e difíceis de mensurar, como o contributo para o turismo de natureza, a biodiversidade ou a produção de oxigénio, entre muitas outras atividades que contribuem para a economia da floresta.
Com mais de 19,5 mil empresas e perto de 103 mil pessoas ao seu serviço (2022), o tecido empresarial ligado à floresta é um indicador da importância económica deste ecossistema. Em paralelo, o emprego florestal cria valor essencial para contrariar o despovoamento das áreas rurais.
O valor das exportações florestais aumentou, pelo segundo ano consecutivo em 2022, para 7,1 mil milhões de euros, contribuindo para um excedente da balança comercial de 3,3 mil milhões de euros. Estes são montantes recordes, que demonstram a importância do sector florestal no comércio internacional português.
As características da cortiça, aliadas à inovação num sector que se tem vindo a reinventar, levam a que esta matéria-prima esteja hoje presente em inúmeras soluções “made in Portugal”, para o consumidor final e para as indústrias. A investigação em aglomerados compósitos – nos quais este material da floresta é combinado com outros – continua a alargar o potencial de novas aplicações de cortiça.
A venda ao exterior de materiais e produtos de origem florestal recuou em 2020, a acusar os efeitos da pandemia, mas as importações registaram um movimento semelhante, mantendo a balança comercial do sector florestal em terreno positivo.