Por que razão é tão premente a necessidade de preservação, se estas observações são aparentemente consensuais? Porque apesar de um reconhecimento genérico da sua importância, essa fundamental diversidade está em risco devido à ameaça de extinção de, estima-se, cerca de 40% das espécies de plantas. A lista de ameaças à biodiversidade é possivelmente tão extensa como a dos seus benefícios, das alterações climáticas à desflorestação, extração ilegal de madeira e mudanças no uso da terra, às espécies invasoras, doenças e pragas.
Historicamente criados para apoiar o ensino – da botânica, globalmente, e da medicina em particular –, os jardins botânicos são hoje mais do que um repositório do mundo das plantas, de grandes coleções vivas de plantas nativas e exóticas, ou do que aprazíveis espaços de lazer em que também se transformaram, e viram o seu propósito expandir-se.
Os jardins botânicos desempenham um papel fulcral na conservação e gestão da diversidade de plantas ex situ e, em sentido mais amplo, também in situ. Se capacitados, com recursos humanos e financeiros bastantes, terão a competência técnica e científica para prevenir a extinção de espécies vegetais.